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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Na cidade amarela - Djaisalmer

Querida Familia e Queridos Amigos,


Ontem foi o dia da independência da India.
Houve festa por todas as cidades e pelas vilas também.

Os jovens das escolas e das escolinhas, os militares e as forcas paramilitares desfilam uns atrás dos outros, marchando muito certinhos e com o peito cheio da India. Tirei algumas fotos destas manifestações de um País que se quer Livre.


Hoje houve muitas manifestações religiosas pelas localidades por onde passamos a caminho da cidade amarela. Ao fim do dia, como já vem sendo hábito, chegámos a esta cidade que nos vai acolher por dois dias.



É sempre bom, porque ficamos um dia sem andar de uma cidade para outro de mini bus. Foi possivel assistir ao cair da noite na cidade amarela. E foi muito bonito.


Hoje encontrei duas portuguesas do Porto no nosso Hotel, também acabadas de chegar. E foi bom voltar a falar na nossa lingua materna.
Esta coisa de estarmos todos os dias a traduzir os nossos pensamentos para uma outra língua, que não a nossa, tem muito que se lhe diga e por isso soube-me bem pensar e falar em português.

Os meus companheiros foram dar uma voltita até à cidade para se aclimatarem ao ambiente da cidade amarela. Eu vim até vós. Também tinha saudades.

Estes tempos em que venho até aqui partilhar convosco a minha aventura e ao mesmo tempo dizer-vos que estou bem cria algumas dissonâncias, já que eles sao viajantes a solo e eu viajo com todos vós e por isso não abdico deste tempo aqui convosco.

A vida em grupo tem destas coisas.

Hoje a net está bem melhor e por isso estico-me mais um bocadinho nesta minha crónica...
A Cristina veio avisar-me que vão comer alguma coisa no quarto do Rafael e da Susana. Mais logo passarei por lá.

A vida na India é cheia de contrastes e por vezes interrogo-me do modus vivendi desta gente que tantas vezes se arrasta por estas cidades em margens de pobreza desumana.
Há muitas coisas que não consigo entender... Mas vou tentando perceber a essência das coisas que me rodeiam.

Existe gente muito simpática, mas também há muita gente que não sorri. Não sei se alguma vez aprenderam a sorrir...
Nas grandes cidades os ambientes são muitos coloridos, bastante contrastados.
Nos arrabaldes é a pobreza... E à medida que nos aproximamos do centro das cidades apercebemo-nos de mudanças. E acabamos por ficar sempre em Palácios de uma riqueza e beleza verdadeiramente únicas.
Como eu digo aos meus colegas de aventura, na estrada somos turistas, nas cidades fazemos parte da realeza ou da familia dos marajás.



E já vai longa a minha crónica. Fazia-me falta este bocadinho convosco.

Vou ter com os meus colegas de aventura, abraçando-vos a sorrir.

Com o meu olhar me despeço de vós. Até amanhã.
Adormeçam a sorrir porque amanhã vai ser um dia muito bonito.

Jorge

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